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Cordeiro Mostardé
Os brasileiros estão descobrindo o que qualquer peão de estância gaúcho sabe: que a carne ovina é uma das mais saborosas e saudáveis. Uma iguaria. Haja vista os preços cobrados por bons cortes de cordeiros nos restaurantes top do eixo Rio-São Paulo. Mercado que tem sido abastecido principalmente pelo Uruguai porque o Rio Grande do Sul simplesmente não tem como atendê-lo com um rebanho ovinode apenas cerca de 3,5 milhõesde cabeças.
Temos, além disso, problemas com a alta mortalidade de cordeiros, com o abigeato, com a falta de frigoríficos especializados, e, principalmente, com o descaso pelo marketing, que poderia agregar valor à carne ovina gaúcha.
Tome-se o exemplo dos franceses, que sabem vender seu peixe – vinho, queijo, e, claro, cordeiro – como ninguém. O cordeiro pré-salé (pré-salgado) da Normandia é uma instuituição nacional. O prato ganhou este nome porque os animais pastam numa vegetação com muito sal e iodo, frequentemente alagada pelo mar, perto do monte Saint-Michel.
O advogado Ricardo Alfonsin, especialista em agronegócio, brinca que, se a Normandia tem o pré-salé, porque o Estado não poderia ter o cordeiro “pré-salé de mostardé” – animais criados perto do mar, na região de Mostardas? Seria, acrescenta Alfonsin, o complemento ideal para o arroz com denominação de origem do Litoral Norte. Falando sério: por que não?
(Coluna Olhar do Campo, Zero Hora, 19/01/2011)
Fonte: http://wp.canalrural.com.br/irineuguarnierfilho/tag/cordeiro-pre-sale/
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