Foto de reserva hídrica afetada pela estiagem |
A estiagem de mais de dois
meses levou 142 municípios do Rio Grande do Sul a decretarem situação de
emergência, conforme levantamento divulgado hoje pela Defesa Civil. Outras 36
prefeituras já indicaram que também vão recorrer à medida emitindo notificações
preliminares de desastre (Nopred). O número de pessoas afetadas pela falta de
chuva chegou a 627 mil, um total que corresponde a quase 6% da população do
Estado, que tem 10,7 milhões de habitantes. As regiões mais castigadas são o centro, o norte e o
noroeste. O prejuízo com perdas nas lavouras de milho, feijão e soja era
calculado em R$ 877 milhões na semana passada, quando foi feito o último
levantamento. Embora tenha poucas atividades agrícolas, a Região Metropolitana
de Porto Alegre também está sob riscos. Em São Leopoldo e Novo Hamburgo, o
baixo nível do Rio dos Sinos obrigou as prefeituras a racionarem a distribuição
de água. Outro rio da região, o Gravataí, também chegou a níveis preocupantes
hoje.
Os
produtores de arroz passarão a captar água da bacia por sistema de rodízio. Se
a água baixar ainda mais, municípios como Cachoeirinha e Gravataí poderão
recorrer ao racionamento. Em Santo Ângelo, no noroeste, um incêndio destruiu 18
hectares de uma lavoura de milho. A causa ainda é desconhecida, mas é certo que
o fogo inicial, possivelmente originado de uma faísca, tenha se espalhado
rapidamente porque a plantação estava seca. Além da estiagem, o Estado enfrenta
uma onda de calor, com baixa umidade relativa do ar. A média da temperatura chega de 35 a 38 graus no sul. O
quadro climático pode mudar parcialmente nos próximos dias, mas não vai alterar
a situação das lavouras. A previsão do 8º Distrito de Meteorologia indica
possibilidade de chuvas, até o fim da semana, mas sempre em áreas isoladas.
Fonte: AE – Agencia do Estado.
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